GUAI
BIOGRAFIA
Nascida em Berço Esplêndido Musical
Filha de pai pianista e mãe cantora, GUAI teve o DNA temperado para cumprir uma missão: cantar. Aos quatro anos a sua voz e desenvoltura já impressionavam nos bailes da Bahia. Cresceu, fez-se gente e faculdade de Comunicação Social, mas jamais se desapegou da sua vocação. Até alcançar a maturidade que a projeta como uma das mais sofisticadas cantoras brasileiras, GUAI mergulhou na noite soteropolitana, cantando em casamentos, aniversários, formaturas, bares, casas noturnas, clubes, hotéis, teatros. Cantando, percorreu os principais espaços culturais de Salvador e do interior baiano. Sensível às diversas influências musicais, a GUAI constituiu um impressionante acervo de realizações, com projetos que abraçaram diversos estilos de música e conceitos artísticos, cantando em banda de pop/rock, banda de baile e black music. Em 2009 criou, produziu e dirigiu o ousado “Eu, Ella e Elis: as divas do jazz”, espetáculo onde testou e teve reconhecida a sua extraordinária qualidade de intérprete. Após o sucesso dos shows interpretando as suas divas, Ella Fitzgerald e Elis Regina, Karol fez, em 2011 – em parceria com o selo QLouva Music – uma audaciosa releitura de Último Desejo, clássico de Noel Rosa. Daí originou-se o primeiro videoclipe da artista, finalista do maior prémio de música do Brasil: o 22º Prémio de Música Brasileira (antigo Prémio Sharp/TIM). Também foi finalista do prémio em 2012, interpretando Coisa Feita, de João Bosco. Em 2013, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde conhece Nema Antunes, com quem realiza o projeto “Senhorita” no qual é acompanhada por exímios instrumentistas: João Castilho, Marco Brito e Erivelton Silva. A parceria resulta, em 2015, no CD “Dama de Paus”, obra contemporânea com nítidas influência de jazz, ritmos afro-brasileiros, groove e samba. Disco este recomendado por nomes como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Ivan Lins e outros. Em 2017, a GUAI foi indicada como Melhor Vocal Feminino pelo Prêmio Caymmi de Música. No mesmo ano, fez o lançamento internacional da sua carreira com um concerto em Lisboa, espetáculo que mereceu elogios da média brasileira e de Portugal, onde promoveu uma temporada de apresentações, inclusive em canais de televisão. Artisticamente inquieta e em permanente estado de realização, a GUAI adentrou 2018 inspiradíssima: após criteriosa escolha de repertório e de, mais uma vez, valer-se da exuberância dos melhores músicos brasileiros, temperou mais uma das suas formidáveis artes para alegria do público e da boa música brasileira: Capitania. O seu segundo álbum de estúdio, lançado em 2021, já colhe bons frutos. O que vem por aí tem possibilidades múltiplas de surpreender, mas só em parte: afinal, quando o assunto é interpretar, a GUAI só tem do melhor a oferecer.
Fábio Sena – Jornalista e Crítico Musical.